Não havia mais pudor, nem medo.
Eles
podiam sentir a textura da pele, o cheiro, o calor, o contorno do corpo um do
outro. No peito de ambos, o coração batia acelerado, querendo dizer algo.
Foram
anos aguardando este momento e, finalmente, eles estavam ali, juntos, nus e
despidos de preconceitos.
Nenhuma
palavra foi dita. Os corpos falavam por si. Corpos humanos, vivos, sensíveis.
Cessaram
as vozes alienígenas, cessaram as vozes de culpa e vergonha. Cessaram também a
dor e a angústia de viver uma mentira.
Era
possível sentir alegria e prazer. Um prazer voraz, intenso, carnal... pura
entrega.
Escrito em novembro de 2008.
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